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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Revista Online Gratuita - Beit El Shamah

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Boa leitura e Shalom!

domingo, 11 de maio de 2014

Dia das Mães - Aprofundando o Assunto



No Brasil, o ‘Dia das mães’ é comemorado sempre no segundo domingo de maio (de acordo com decreto assinado em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas). É uma data especial, pois as mães recebem presentes e lembranças de seus filhos. Já se tornou uma tradição esta data comemorativa. Vamos entender um pouco mais sobre a história do Dia das Mães.

Em Israel não existe um dia próprio para as mães, mas sim um para a família. É celebrado no aniversário de Henrietta Szold, pelo calendário hebraico no 30º dia do mês de Shevat.  
Henrietta Szold (1860-1945) foi a primeira presidente da organização Hadassa de mulheres judias. Embora tenha nascido em Baltimore, Maryland, passou os últimos 25 anos de sua vida vivendo e trabalhando na Palestina. Foi a primeira diretora da Agência de Aliá para a Juventude na década de 30 e responsável por trazer 30.000 crianças judias da Europa nazista para Israel. Ela as via como “os seus filhos” e esta é uma das razões principais para o Dia da Família ser celebrado em Israel no seu aniversário.
Embora possa ser politicamente correto chamar este dia como da Família, presentes só são dados à mãe. 

Em espírito é ainda o Dia das Mães. Nele, em Israel, pais e filhos dão a elas flores e presentes e as liberam do serviço doméstico. Escolas judaicas desenvolvem programas que glorificam o papel da mãe em Israel e no Judaísmo. Há quem use no dia um pequeno cravo branco, símbolo da pureza do amor maternal. 
Em tempos bíblicos, a mãe ocupava um lugar de honra e autoridade na família. O interesse no bem-estar da mãe era julgado pelos líderes como uma medida de bom governo e de uma sociedade saudável. A influência de mães famosas na tradição bíblica é significativa.

Olhando, por exemplo, para a vida da primeira mulher judia, Sara, na Parashá que tem o seu nome, lê-se que D-us disse a Abraão: “Tudo o que Sara lhe disser, escute a voz dela” (Gn 21:12), gerando uma concepção extraordinariamente diferente sobre a mulher: não a da idealização romântica, mas a da reciprocidade.

As mulheres que chamamos nossas Matriarcas não são meramente mães, assim como os Patriarcas não são apenas pais. Costumamos pensar em mães como pessoas absorvidas com os problemas da criação dos filhos. Contudo, três delas experimentaram longos períodos de esterilidade, e apenas uma, Léa, teve mais de dois filhos.

A idéia de maternidade no judaísmo é a essência da feminilidade, o lado feminino do nosso ser. Não implica, apenas, o fato físico de tornar-se mãe e criar uma criança, embora, para a maioria das mulheres, esta experiência seja uma significativa abertura espiritual. A maternidade representa uma intensa e profunda conexão com o futuro, com os atos e circunstâncias do momento e seus efeitos no desenvolvimento das futuras gerações. Assim como a mãe é ligada a seus filhos, física e emocionalmente, na tradição judaica, a mãe é uma pessoa profundamente envolvida, no seu íntimo, com aqueles que virão depois.

Um pouco da História do Dia das Mães

Encontramos na Grécia Antiga os primeiros indícios de comemoração desta data. Os gregos prestavam homenagens a deusa Reia, mãe comum de todos os seres. Neste dia, os  gregos faziam ofertas, oferecendo presentes, além de prestarem  homenagens à deusa.

Os romanos, que também eram politeístas e seguiam uma religião muita parecida com a grega, faziam este tipo de celebração. Em Roma, durava cerca de 3 dias ( entre 15 a 18 de março). Também eram realizadas festas em homenagem a Cibele,  mãe dos deuses.

Porém, a comemoração tomou um caráter cristão somente nos primórdios do cristianismo. Era uma celebração realizada  em homenagem a mãe do personagem de Jesus (idolatria de uma mulher que gerou um “humano-deus” mitológico e a profanação de atribuir humanidade ao Criador com a infame frase “mãe de deus ou deuses”, típico dos Greco Romanos ).
Como toda comemoração de festas não bíblicas judaicas  tem sempre sua origem na idolatria, feitiçaria, capitalismo e consumismo desenfreado neste dia que dedicam as mães não poderia ter tido sua origem vinda com esta conotação negativa.

Mas uma comemoração mais semelhante a dos dias atuais podemos encontrar na Inglaterra do século XVII. Era o “Domingo das Mães”.  Durante as missas, os filhos entregavam presentes para suas mães. Aqueles filhos que trabalhavam longe de casa, ganhavam o dia para poderem visitar suas mães. Portanto, era um dia destinado a visitar as mães e dar presentes, muito parecido com que fazemos atualmente.

Nos Estados Unidos, a ideia de criar uma data em homenagem às mães foi proposta, em 1904, por Anna Jarvis. A ideia de Anna era criar uma data em homenagem a sua mãe que havia sido um exemplo de mulher, pois havia prestado serviços comunitários durante a Guerra Civil Americana. Seus pedidos e sua campanha deram certo e a data foi oficializada, em 1914, pelo Congresso Norte-Americano. A lei, que declarou o Dia das Mães como festa nacional,  foi aprovada pelo presidente Woodrow Wilson. Após esta iniciativa, muitos outros países seguiram o exemplo e incluíram a data no calendário.

Após estes eventos, a data espalhou-se pelo mundo todo, porém ganhando um caráter comercial. A essência da data estava sendo esquecida e foco passou a ser a compra de presentes, ditado pelas lojas como objetivos meramente comerciais. Este fato desagradou Anna Jarvis, que estava muito desapontada em ver que o caráter de solidariedade e amor da data estavam se perdendo. Ela tentou modificar tudo isso. Em 1923, liderou uma campanha contra a comercialização desta data. Embora com muita repercussão, a campanha pouco conseguiu mudar.
Finalizo este breve comentário, incentivando a todos meditarem nas intenções reais para a proteção e manutenção da família, honrando sempre, não só neste dia as matriarcas que são dignas de honra, mas nunca esquecendo o verdadeiro significado e propósito de cumprimento das Mitzvot do Criador em não violar suas instruções.


Shalom a todas as matriarcas!